O termo Subcision foi criado pelos autores David e Norman Orentreich como a contração das palavras “subcutaneous Incisionless”. Eles registraram o termo nos Estados Unidos em 1994 e publicaram um artigo científicona Dermatol Surg em 1995.

Os autores na ocasião já citavam técnicas semelhantes, incluindo descolamento,uso de substâncias preenchedoras em sulcos e retração de cicatrizes, publicadas previamente por Spangler (1957). Ele utilizou a agulha especial usada na oftalmologia “Bowman íris Needle” que “descolava” a retração cicatricial antes de preencher com uma “espuma de fibrina”.

Ainda, citava o trabalho de Gottlieb (1977) com o desenvolvimento do Fibrel, um kit equipado com uma agulha utilizada para descolar depressão cicatricial. Citaram também o trabalho de Koranda, que publicou em 1989 sobre o tratamento de retração cicatricial de acne utilizando uma “lâmina de castor” abaixo da cicatriz da acne para “descolar” a retração, permitindo a formação de coágulos para a manutenção da elevação da cicatriz.

Por fim, citaram ainda o trabalho de Hambley e Carruthers, que, em 1992, utilizaram uma agulha 18 G para liberar aderência sob enxerto de pele nasal antes de microenxerto de gordura.

quadro comparativo entre subcisão e goldincision

O termo Subcision foi realmente publicado na literatura em 1995 por David e Norman Orentreich, colocando como um dos diferenciais o descolamento das retrações sem a necessidade de qualquer produto injetável. Isso, pois este não seria necessário, visto que o próprio trauma da agulha promoveria de uma forma autóloga (do próprio paciente) um estímulo tecidual. Até então, existiam diversas publicações utilizando descolamento das retrações cicatriciais, mas nenhum sem uso de substâncias preenchedoras.

Assim, esta foi a proposta dos autores: realizar os descolamentos já antes publicados, porém sem uso de substâncias preenchedoras. Ou seja, se forem utilizadas substâncias preenchedoras ou bioestimuladoras, não podemos chamar de Subcision.

A Subcision ou Subcisão é considerado um nome genérico, e, portanto, não existe registro no INPI como marca registrada. A técnica consiste no descolamento de septos fibrosos em áreas selecionadas, com resultados pontuais. O descolamento até então realizado com anestesia local, que é infiltrada com agulha e realizada com a paciente deitado durante todo o procedimento.

Antes e depois tratamento da Celulite com goldincision

Goldincision aborda não só os septos fibrosos, mas também a reestruturação do colágeno na pele como um todo (e não em pontos isolados), melhorando a flacidez, a circulação (indução de neovascularização) e a drenagem linfática. Além disso, é fundamental a infiltração de substâncias bioestimuladoras (diferentemente da Subcision).

O procedimento é realizado a partir de uma avaliação holística, de forma estática e dinâmica(com o pacienteem movimento), incluindo a definição do produto ideal e o tratamento em posição ortostática sob anestesia local, o que é fundamental porque, nesta posição, e apenas nessa posição, podemos avaliar o resultado imediato.

Precisamos tirar o mínimo possível, mas o suficiente para nivelar a irregularidade sob o risco de causar um “estufado” local em casos com descolamento em demasia.

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